#11 - A primeira fase do nosso produto
Mais um guia para iniciar sua startup, o melhor note taker e novos browsers com AI
Sejam bem-vindos à Edição No. 11 da Leite de Cabra.
Nossa missão aqui é contar os bastidores da construção de uma healthtech do zero e compartilhar conhecimento e conteúdo de alta qualidade sobre empreendedorismo, saúde e tecnologia. Sempre em até 3 minutos.
Contagem de palavras de hoje: 939 palavras
Tempo de leitura: ~2 minutos e 56 segundos
Quick updates
Parte de se estar ainda em stealth é não revelar alguns dos nossos avanços 🤫
Mas as pessoas têm feito perguntas principalmente sobre o produto - que como sabem ainda não podemos revelar - mas decidimos contar como tem sido o processo de validação. Confiram no texto de hoje a seguir!
A primeira fase do nosso produto
Cada vez mais, faz menos sentido o conceito de lançar um MVP.
Não faz sentido nenhum você lançar um produto meia boca e queimar sua reputação frente ao seu usuário.
Se você seguir essa lógica, você acaba com dois problemas:
(1) um experimento inconclusivo, porque no início você nunca tem dados estatisticamente suficientes e uma experiência de uso distorcida - por que você fez tudo pela metade;
(2) as pessoas vão lembrar desse produto meia boca que você fez e criar uma imagem da sua empresa que será mais difícil de reverter.
Na prática, você deve fazer poucas coisas muito bem feitas, sem adicionar um monte de funcionalidades. E lançar elas aos poucos.
Essa única coisa que você escolher fazer deve ter um nível de qualidade tão bom que você não vai ter dúvidas de que a pessoa não está usando ou considerando seu produto por conta da qualidade dele.
E é essa filosofia que a gente segue.
Um dos nossos princípios de produto (podemos contar todos depois) é que MVPs são para uso interno/controlado apenas.
A gente só pode comprometer alguma qualidade se isso não prejudicar nossa reputação. Mas também não pode comprometer o resultado do experimento.
Em saúde isso é essencial.
Dito isso, nossa primeira versão está rodando com apenas 13 pessoas no momento e todas elas são do círculo mais próximo possível.
O objetivo dessa primeira fase é claro: fazer o básico funcionar.
O sucesso dela é fazer 10 pessoas passarem por todo o nosso fluxo sem surpresas.
Ela é necessária porque a gente tinha uma jornada na nossa cabeça. Tudo na teoria. Mas como as tarefas iriam se comportar na prática? O que as pessoas vão ter dúvidas? O que vai ser viável? Quais comportamentos não estavam previstos? O fluxo de pagamento vai funcionar?
Nós mapeamos todos os riscos possíveis e atribuímos fases do ciclo de desenvolvimento do produto. E aí hoje temos 3 fases previstas. Cada uma com seus focos de validação:

Essa tabela é bem mais longa que o print. Já aprendemos muito com essas primeiras pessoas e uma das maiores alegrias é ir validando (✅) cada uma dessas linhas.
Além da sensação de progresso, a gente garante que todos estão alinhados no que é foco de validação agora. E isso evita que a gente resolva problemas que ainda nem existem.
Em breve terminamos essa fase, e vamos para a segunda - que será mil vezes mais divertida…
As limitações da medicina baseada em evidências
Um dos maiores avanços da saúde moderna foi a medicina baseada em evidências.
Estabelecer critérios claros para avaliar o que é ‘boa evidência’ e propor que decisões médicas fossem baseadas em dados clínicos de qualidade e não só na intuição ou autoridade do médico foi muito importante.
O problema é que ela muitas vezes é aplicada de forma engessada ou industrializada, levando a uma padronização excessiva e ignora o contexto pessoal do paciente.
É a medicina que te compara com a média. Feita pra populações, não para pessoas.
Mas ninguém vive na média. E a vida é só uma.
Você não é "o paciente típico". Seus riscos, objetivos e estilo de vida são únicos. E quando a medicina ignora isso, ela trata sintomas e não causas. Segue protocolos, em vez de personalizar estratégias.
A próxima revolução da saúde não será sobre evidência genérica, mas sobre contexto.
Sobre cruzar dados clínicos com histórico familiar, hábitos, exames profundos e metas pessoais.
A medicina que realmente muda vidas é aquela que te enxerga como indivíduo e não como estatística.
Curadoria da semana
Julian Shapiro Handbook - o guia para iniciar sua startup. Marketing, ideias, growth, retenção, hiring e fundraising.
A melhor ferramenta ‘note taker’ que já usamos - o Granola. (1) Ele não entra em reuniões; (2) ele colabora com suas notas e melhora elas; (3) você pode criar templates para reuniões!
A Perplexity lançou o Comet - um novo browser que foi desenhado considerando como AI pode te ajudar em todas as tarefas. Conceito bem parecido com o novo browser dos criadores do Arc, agora batizado de Dia. O Dia é gratuito para quem já usava o Arc, enquanto o Comet é só para aqueles que pagam USD 200 por mês para a Perplexity.
Nos vemos domingo que vem
Sabia que ao indicar você pode ganhar recompensas?
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Vida longa a todos,
Leite e Cabral
(P.S. Mande algo que pensou! A gente lê todas as respostas.)