#26 - O que é mais importante para você e por quê?
Prevenção para Alzheimer, quantidade ideal de proteína e a história da Gringo.
Sejam bem-vindos à Edição No. 26 da Leite de Cabra.
Nossa missão aqui é contar os bastidores da construção de uma healthtech do zero e compartilhar conhecimento e conteúdo de alta qualidade sobre empreendedorismo, saúde e tecnologia. Sempre em até 3 minutos.
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O que é mais importante para você e por quê?
Por Felipe Cabral
Para quem não sabe, eu já fundei uma outra empresa antes da nossa atual.
Depois que saí de lá e fui trabalhar na Alice, eu tinha certeza que iria empreender novamente - só não sabia exatamente quando.
Caso eu adiasse essa ideia, uma segunda opção que considerava era fazer um MBA em Stanford, um excelente lugar para empreendedores de tecnologia.
O MBA de Stanford tem uma redação clássica no processo de aplicação, em que é preciso responder à pergunta “What matters most to you, and why?” - (“O que é mais importante para você e por quê?”).
Há uns dois anos resolvi escrever a resposta dessa pergunta como um exercício pessoal. Nunca apliquei para Stanford, mas quis compartilhar com vocês o texto na íntegra, porque ele ainda conversa comigo até hoje.
Resolvi deixar em inglês mesmo para não perder nenhum efeito na tradução.
Espero que gostem - é um texto bem íntimo:
What matters most to me is health – not just the absence of illness but the foundation for a life of purpose, resilience, and fulfillment.
Years ago, I found myself in an unexpected situation. I had just begun my studies at business school when, during a visit to a ‘Centro Espírita’ in São Paulo, a medium told me that I was destined to become a great doctor. I am not a follower of the ‘espírita’ religion, and at that moment, I laughed it off as absurd. I had just committed to a path in business, and medicine felt like a distant world. Yet, over time, this seemingly outlandish prediction has stayed with me, lingering in the background as a curious, almost haunting question.
Looking back, I realize that the medium may have seen something I couldn’t understand at the time: my deep, intrinsic connection to health. While I never pursued a traditional medical path, my journey has led me to a different kind of healing and care. I work in a healthcare startup, aiming to build solutions that empower people to take control of their health. I am a triathlete, committed to understanding the boundaries of human endurance and the powerful role that physical and mental well-being play in leading a meaningful life.
My dedication to health goes beyond my professional aspirations and athletic goals. It’s also profoundly personal. My father, an Ironman, taught me the value of resilience and the discipline required to achieve great things. My mother, who manages her diabetes daily, showed me the critical importance of access to quality healthcare. And my sister’s ongoing struggle with substance abuse underscores the fragile nature of health and the critical need for compassion, understanding, and support.
Each of these experiences has cemented my belief that health is the foundation upon which everything else is built. It is what allows us to pursue our passions, support our loved ones, and give back to our communities. My passion is to create a world where everyone has the opportunity to live their healthiest, fullest life.
This is why I want to become an entrepreneur in the health sector. I envision a future where access to healthcare is not a privilege but a right, and where innovations can make meaningful differences in people’s lives. I may not have become a doctor in the traditional sense, but perhaps, in my own way, I am working towards healing and enabling others to thrive.
The words of that medium have taken on a new meaning over the years. I now see them not as a prediction of a specific career path but as a reflection of my deeper purpose: to dedicate myself to a life that elevates health as a fundamental human right and empowers people to live their lives to the fullest.
Um tópico sobre saúde
Vamos fazer uma mudança nesta seção da news.
De agora em diante, vamos nos basear no tópico destacado na The 100 YEARS News.
Ela é publicada toda sexta-feira, também às 7h00 da manhã.
O tema da semana foi um muito quente em toda a comunidade de longevidade:
Clique para conferir a resposta bem completa do Dr. Rodrigo Bomeny, endocrinologista formado pela Faculdade de Medicina da USP.
Curadoria da semana
Esse podcast do Caique contando a história da startup Gringo que foi vendida por R$ 1BI pro SemParar. Excelente cabeça de produto!
Cabral: Saiu o resultado do meu exame ApoE e deu que sou E3/E4, ou seja, tenho risco aumentado para Alzheimer. Vou falar mais sobre isso mais adiante na news, mas vou deixar algumas referências que tenho estudado sobre o tema aqui:
The End of Alzheimer’s, livro por Dale Bredesen (recomendado por um membro da comunidade! Valeu, Bruno!)
Nos vemos domingo que vem
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Vida longa a todos,
Leite e Cabral
(P.S. Mande algo que pensou! A gente lê todas as respostas.)
Felipe, muito me impressionou e emocionou seu texto. O propósito muitas vezes vem escondido, não é óbvio e um dia ele se apresenta a você da forma mais sensível e inesperada parecendo tão claro e fazendo todo o sentido . Vida longa!
Contrariando 100% do que eu prego acreditar, já que não tem base racional ou científica alguma, eu acredito que espiritualidade/religiosidade/fé - ou seja lá como cada um nomeia - tem relação direta, e está totalmente conectada com nossa saúde e bem estar. Sinto que tá tudo conectado. (Fonte: vozes da minha cabeça e coração). Amei ler sua história, Fê.